Iniciativa que consiste num concurso de escrita criativa que implica escrever um texto original e criativo subordinado a um tema a definir em cada ano. Os textos podem ser apresentados em Língua Portuguesa ou Língua Estrangeira (Inglês, Francês, Espanhol ou Alemão).
Em 2023.2024, o concurso implicou escrever um texto original e criativo subordinado ao tema “Eu, cidadão em democracia”.
Os jovens participantes, divididos em dois escalões (Escalão A - Grupo etário 12-15; Escalão B - Grupo etário 16-19), exercitaram as competências de escrita criativa associadas à reflexão do tema em apreço, tendo agora oportunidade de ver os seus trabalhos no Portal da RBE e do Agrupamento.
[25.04.2024] Um cidadão é qualquer pessoa que se encontre integrada numa sociedade ou meio comunitário, seja este mais reduzido, como por exemplo a sua vila, ou então algo mais amplo, como por o próprio país ou até mesmo o planeta no seu todo. No entanto, nem todos os cidadãos são iguais, é possível distinguir alguns conceitos e comportamentos que ditam a “qualidade” de cada cidadão. Considero que a negligência das próprias responsabilidades é um dos primeiros sinais que apresenta aquele que não está pronto para levar a cabo a construção de uma sociedade livre. A falta de empatia e a indiferença em relação aos seus comuns danifica gravemente o tecido social, esta postura apenas promove a hostilidade e dificulta a interligação saudável dos diversos membros da comunidade. São totalmente merecedores de louvor todos aqueles que tudo fazem para ajudar o próximo, mas, por vezes, até algo mais básico como agradecer com gratidão, ser educado e até mesmo cumprimentar os outros com um sorriso na cara já correspondem a atitudes que beneficiam de forma impactante o ambiente social. A apatia política e social, assim como a ignorância, em nada contribuem para o desenvolvimento do ambiente social. A participação informada e consciente é vital para a saúde de uma boa democracia e também para o desenvolvimento e progresso dos sistemas locais, ficar apenas a “contemplar o mundo” vai contra a definição de cidadão que cumpre as suas responsabilidades. Todas as características de um bom cidadão implicam diretamente a participação ativa. Não é bom cidadão também aquele que apenas busca benefício pessoal sem considerar o interesse comum, este comportamento é incompatível com a justiça e igualdade que se procuram numa sociedade livre. Com isto, podemos concluir que um bom cidadão tem várias características: é empático, grato e respeitoso, responsável e disciplinado, justo, não demonstra uma atitude apática participando de forma ativa e consciente nos assuntos de interesse social e tem sempre e incondicionalmente o bem comum em mente. Se todos seguirmos esta máxima, não teremos de nos preocupar com a construção de uma verdadeira democracia pois esta virá inevitavelmente como produto de uma sociedade composta por bons cidadãos. O mundo precisa de todos nós para que os alicerces da humanidade permaneçam fortes. José Pedro Castanheira |