Iniciativa que consiste num concurso de escrita criativa que implica escrever um texto original e criativo subordinado a um tema a definir em cada ano. Os textos podem ser apresentados em Língua Portuguesa ou Língua Estrangeira (Inglês, Francês, Espanhol ou Alemão).
Em 2023.2024, o concurso implicou escrever um texto original e criativo subordinado ao tema “Eu, cidadão em democracia”.
Os jovens participantes, divididos em dois escalões (Escalão A - Grupo etário 12-15; Escalão B - Grupo etário 16-19), exercitaram as competências de escrita criativa associadas à reflexão do tema em apreço, tendo agora oportunidade de ver os seus trabalhos no Portal da RBE e do Agrupamento.
[25.04.2024] Saber ser... Cidadã!Hoje observo os pais portugueses a educarem os seus filhos. Nem todos os educam da mesma maneira. Também os meus pais se esforçaram para me dar uma boa educação e, tal como eles, a maioria dos pais ensina os filhos a saberem estar. Algo que aprendi, ao longo do tempo, foi que a maior parte das famílias se ficou apenas por aí, seguiram a maioria e nada mais acrescentaram. Acreditem ou não, às vezes durante o percurso da vida vamos ser obrigados a seguir a maioria. Dou grande valor a esta aprendizagem de saber estar, mas saber ser, apresenta igual ou superior grau de importância. Há que saber ser diversas coisas. Entre elas, destaco que há que saber ser-se cidadão. De que nos servirá ter um aparente bom comportamento se quando confrontados com a realidade não sabemos o que ser? Ser comum e não agir, ou ser cidadão e atuar? Quero reconhecer os meus direitos e deveres, contrariando a maioria. Ser-se comum atualmente é, ao contrário do que muitos possam achar, ser conformado e ficar inconformado apenas com a originalidade e a vontade de provocar a diferença. Não quero ser comum. Quero ser a diferença pela qual tanto anseio. Às vezes sou desmerecida e acabo por me desmerecer. Acham que me conhecem melhor do que eu própria, mas se a mudança vem de dentro, porque é que haveria eu de mudar por algo que não vem de mim? Quero provocar a diferença no mundo e nos comportamentos das pessoas, sabendo que para isso não é preciso mudar ninguém. Não quero mais ser desmerecida por querer atuar ou opor-me em vez de optar pelo caminho mais fácil e aceitar. Quero ser uma cidadã de ações e não de conformações, com uma mente aberta para evoluir e acompanhar os próximos cidadãos. Lara Beatriz Santos SilvaEscola Básica e Secundária de Vale do Tamel - Barcelos - 9.º ano |