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Entre milhares de reportagens publicadas diariamente sobre a invasão da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, o PÚBLICO destaca um trabalho de Charlie D’Agata, um repórter da CBS. Este, ao longo de um discurso extremamente xenófobo, referiu-se à Ucrânia como um país “relativamente civilizado”, ao contrário de outros países em guerra, como o Iraque e o Afeganistão.
Refugiados a fugir da guerra, na zona da fronteira da Ucrânia com a Moldávia | Foto: Miguel Manso/PÚBLICOÉ do conhecimento geral que, hoje em dia, apesar de a lei não o permitir, os nossos direitos ainda estão dependentes da cor da nossa pele. Como é possível que em pleno século XXI isto aconteça? O PÚBLICO vem dar-nos a conhecer como até a NATO surgiu com as ameaças à “liberdade branca”, durante a Guerra Fria. Num excerto das palavras de James Eastland, o senador democrático do Mississípi em 1947, podemos observar que ele se refere ao comunismo como o “maior escravizador de todos”, pois praticava a escravatura em pessoas de pele branca. É irónico pensar que alguém que defendia a segregação pôde ficar tão perplexo e ter tanto repúdio por pessoas que, no fundo, pensavam da mesma forma, ainda que fosse outro o alvo da sua mundividência racista.
Depois de ler o artigo meticulosamente, é extremamente revoltante constatar, apesar de toda a nossa solidariedade para com o povo ucraniano, que a Ucrânia tem acesso a imensas formas de ajuda que outros países em guerra não têm. Obviamente que ajudar este país é a atitude correta a tomar, mas e os outros? Será que a cor de pele ou a cultura são um entrave aos povos que precisam do nosso auxílio? Supremacia branca, até quando?
Mariana Varela, 11.º ano