Fui um dia ao castelo de Belver.
Degrau a degrau, as escadas lentamente subi,
para a bela vista apreciar.
No castelo, de lá onde Camões serviu,
o imponente Tejo se oferece ao nosso olhar!
O sol dava vida às velhas pedras.
Uma leve brisa soprava, trazendo cheiro a flores e a rio.
Eu fechava os olhos para sentir a vida
e, na minha mente,
o herói da língua portuguesa surgiu.
Dizem que, aqui, esteve preso Luís de Camões.
Eu imaginava-o a espreitar pelas pequenas janelas,
a sonhar com o mar e com grandes viagens,
com marinheiros, versos e amores perdidos,
aventuras à espera em distantes paisagens.
Camões esteve ali, preso a sonhar?
Olhava o Tejo, sonhava com o mar?
No castelo de Belver senti o passado, vi Camões, triste e cansado. Também eu queria à bolina navegar,
mas, como li no livro de História, não tenho carta de marear.
No alto das torres, solta me senti.
O verde das árvores, o azul do céu,
o dourado das pedras, em cores me perdi,
toda a terra se abriu em Belver,
mas chegava a hora de adeus dizer.
As escadas do castelo desci
e uma última vez a linda vista vi.
Os versos perdidos levados pelo vento,
ecoaram em mim por alguns momentos.
Poeta e castelo guardados no tempo,
na minha memória, no meu pensamento.
Maria Luísa Rosado Calha | Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide - 5.ºA
Título
Pensa num lugar especial onde tenhas estado e descreve-o de forma poética. O que te encantou nesse lugar e fez dele uma recordação única? Que cores, odores, sons ou outras sensações te envolveram? De que modo fizeste parte da história que ali se desenrolou?
Conta-nos como foi...
País
Portugal
Duração
00:01:33
Ano
2025
Realização
Maria Luísa Rosado Calha
Fotografia
Maria Luísa Rosado Calha
Som
Som direto: Maria Luísa Rosado Calha
Locução
Maria Luísa Rosado Calha
Edição
Maria Luísa Rosado Calha
Software de Edição
VSDC Free Video Editor