Fases do processo
- O(A) voluntário(a) inscreve-se no programa (Formulário de inscrição)
- A RBE procura uma biblioteca escolar, respeitando as indicações do voluntário(a);
- A direção da escola analisa a proposta do professor bibliotecário, após entrevista, e aceita o voluntário(a), aderindo ao programa;
- O(a) voluntário(a) é colocado(a) na escola.
Notas:
- A aceitação do Voluntário é sempre da responsabilidade da direção do agrupamento/ escola não agrupada.
- Nos termos do art.º 2.º da Lei n.º 113/2009, todos os voluntários colocados em escolas devem entregar o certificado do registo criminal que comprove a sua idoneidade para desempenhar funções que envolvam contacto regular com menores. O documento deve ser solicitado junto dos serviços competentes (online ou presencialmente) e entregue na escola no início da atividade.
Quem pode ser voluntário
Pessoas maiores de 18 anos, com perfil para acompanhar uma criança ou jovem na leitura, estimulando o seu gosto, compreensão e fluência. É importante que:
- Gostem de ler e de partilhar histórias.
- Leiam com expressividade e clareza.
- Demonstrem empatia e escuta ativa.
- Criem um ambiente acolhedor e de confiança.
- Escolham textos adequados à idade e ao contexto.
- Compreendam as necessidades e ritmos das crianças.
- Aceitem orientação e busquem melhoria contínua.
Organizar voluntariado de leitura: o que se espera da escola
A implementação do projeto Voluntários de Leitura exige da escola um compromisso partilhado que garanta boas condições para que o aluno ganhe segurança e ritmo na leitura, valorizando o contributo de cada voluntário.
Pontos-chave para uma ação com impacto:
- Coordenação articulada pelo professor bibliotecário, ou por outro responsável por ele designado, assegurando o alinhamento com os objetivos da biblioteca e o apoio necessário aos voluntários;
- Colaboração com os professores das turmas, especialmente na seleção criteriosa dos alunos que mais beneficiarão com a leitura a par, com foco no desenvolvimento da fluência, da compreensão e da relação positiva com os livros;
- Envolvimento dos funcionários, sobretudo na criação de um ambiente acolhedor e na gestão logística (espaços, horários, acolhimento dos voluntários);
- Informação e envolvimento da comunidade educativa, reconhecendo o valor do voluntariado e promovendo uma cultura de leitura partilhada;
- Planeamento, acompanhamento e avaliação regulares, tanto do trabalho desenvolvido por cada voluntário, como do projeto no seu conjunto, privilegiando uma abordagem leve, mas intencional, centrada nos progressos de cada aluno.
Organizar voluntariado de leitura: o que se espera dos voluntários
Os voluntários de leitura têm um papel único: criar tempo e espaço para que cada aluno possa ler com mais confiança, compreender melhor e descobrir o prazer de ler.
O seu contributo deve centrar-se, sempre que possível, em sessões de leitura a par, especialmente no 1.º ciclo, onde o apoio individualizado tem maior impacto. Trata-se de uma prática próxima, que valoriza a escuta, o ritmo de cada aluno e promove, de forma natural, a sua relação com os livros.
O que torna este papel tão relevante?
- O acompanhamento regular de alunos com dificuldades de fluência, compreensão ou motivação para a leitura;
- A criação de uma relação de confiança que estimula a leitura como experiência positiva e segura;
- A adaptação da leitura ao ritmo do aluno, valorizando as tentativas, a releitura e os pequenos avanços;
- A promoção de um ambiente calmo e motivador, onde a leitura acontece com tempo e intenção.
Atividades a priorizar
- Leitura a par com uma ou duas crianças, incentivando a ler, a reler e a conversar sobre o que leem, num ambiente de escuta e confiança;
- Leitura em voz alta para grupos de crianças em idade pré-escolar, despertando o gosto pelos livros e pela linguagem;
- Apoio a momentos especiais promovidos pela biblioteca, como a semana da Leitura, visitas de autores ou pequenas feiras do livro.
A distribuição das tarefas deve ter sempre em conta o perfil e a disponibilidade de cada voluntário, procurando valorizar diferentes formas de participação, seja no contacto direto com os alunos, seja no apoio à organização das atividades da biblioteca.
Estas ações podem decorrer na biblioteca ou noutros espaços tranquilos da escola, sempre que favoreçam a concentração, a escuta e a relação entre o voluntário e os alunos.