Dinâmica

Jogo e discussão

Ojetivos


  • Promover a compreensão da importância dos afetos e da expressão dos sentimentos
  • Reconhecer comportamentos abusivos nas relações de namoro e facilitar o posicionamento face a essas situações
  • Aumentar o sentido crítico relativamente ao tema

Público-alvo


Jovens com idade igual ou superior a 13 anos - 10 a 30 participantes. 

Descrição


Tema/ Problema: Violência no namoro

Duração: 90 a 100 minutos

Jogo (Recurso 1)

  • O(A) professor(a) bibliotecário(a) afixa num canto da biblioteca a folha de cartolina “Concordo”, noutro canto a folha de cartolina “Discordo” e, no centro, a que tem escrito “Não Sei” (Recurso 2).

  • Explica aos jovens que irão participar num jogo sobre o tema do namoro e que começarão por retirar de um saco um cartão de cada vez, devendo ler a frase que aí se encontra escrita (Recursos 3).
    De seguida, os(as) participantes devem posicionar-se junto da folha de cartolina que melhor reflete a sua opinião sobre o assunto referido no cartão. Quem ficar junto das cartolinas “Concordo” e “Discordo” deverá argumentar, de forma a ajudar a formar a opinião de quem se colocou junto à cartolina “Não Sei”.
    Poderão, ainda, tentar convencer os do grupo contrário a mudar de opinião, levando-os a trocar de sítio.

  • Um jovem dá início ao jogo retirando do saco o primeiro cartão e lendo a frase nele escrita. Quando todos(as) os(as) participantes estiverem posicionados(as) de acordo com a sua opinião, o(a) professor bibliotecário(a) modera a discussão gerada.

  • Após terminar a discussão das frases que constam dos cartões, os(as) jovens irão explorar diferentes recursos que os ajudarão a enquadrar o tema, a compreender os conceitos implícitos e a tomar uma posição fundamentada (Recursos 4).

Discussão

  • O(A) professor(a) bibliotecário(a) convida os jovens à discussão mediante relato individual do que aprenderam de novo, das mudanças de opinião que registaram, das razões que os levaram a mudar, etc. (Recursos 5).

  • Com o objetivo de sistematizar aprendizagens e de as partilhar com outros, o(a) professor(a) bibliotecário(a) propõe-lhes que registem as principais conclusões sob forma de um infográfico ou mural digital coletivo (Recurso 6).

  • O(A) professor(a) bibliotecário(a) encoraja os jovens a realizar a apresentação pública das conclusões a membros da comunidade (professores, pais e encarregados de educação, etc.) e a entidades responsáveis na temática.

  • O(A) professor(a) bibliotecário(a) avalia a atividade: Solicitando aos jovens que caracterizem, com 3 palavras, a
    dinâmica em que participaram, através da aplicação Mentimeter (Recurso 7).
    A partir das respostas dos alunos, tirará conclusões sobre os resultados da dinâmica, nomeadamente sobre os conhecimentos, valores, atitudes e efeito transformador, que partilha com todos.

Notas

  • O(a) dinamizador(a) pode ser o(a) professor(a) bibliotecário(a) ou um pequeno grupo de jovens.
  • Os(as) participantes podem sugerir frases para discussão diferentes das propostas.
  • Relembrar que “A violência nunca é uma forma de expressar amor ou paixão por outra pessoa”.

Recursos


1. Jogo adaptado de: Coolkit. (2011). Jogos para a Não-Violência e Igualdade de Género - Namorar dá que falar. Pp. 67-70. Retirado de: http://www.coolabora.pt/publicacoes/coolkit.pdf

2. Três folhas de cartolina contendo escrita, cada uma delas, uma das seguintes palavras: “Concordo”, “Discordo” e “Não Sei”.

3. Saco pequeno para colocar os cartões onde se escreveram as frases polémicas.
Cartões com frases polémicas para discussão:

      • Quem tem muitos ciúmes, tem uma grande paixão.
      • Os namorados às vezes gritam, mas isso é normal.
      • Se o meu namorado me pedir para ter relações sexuais com ele, devo aceitar para provar o meu amor.
      • O meu namorado é só meu.
      • Os rapazes não mostram os sentimentos.
      • Se eu tiver namorada não posso ser muito amigo de outras raparigas.
      • Tenho o direito de ver as mensagens do telemóvel da minha namorada.
      • Se uma rapariga “se fizer” ao meu namorado tenho o direito de a insultar publicamente.
      • Posso contar o que faço com a minha namorada aos meus amigos.
      • Se a minha namorada tiver ciúmes das minhas amigas, devo evitá-las.
      • Não deixo que a minha namorada use decotes grandes ou saias curtas, para a proteger dos olhares dos outros.


4. APAV. (2024). Campanhas [inclui todos os vídeos e cartazes]. https://apav.pt/apav_v3/index.php/pt/e-media/campanhas 

5. Propostas de tópicos para discussão:

      • Que conclusões é que retiraram da realização desta atividade?
      • Quais os sinais que indicam que uma relação poderá ser abusiva ou violenta?
      • Como distinguimos uma relação romântica de uma relação abusiva?
      • De que forma é que a violência de género é retratada? A violência é romantizada?
      • Será que isto afeta o modo como os(as) jovens se relacionam com pessoas do outro sexo ou com pessoas com uma sexualidade diferente?

6. Ferramentas: infográficos - Canva; mural digital - Padlet.

7. Ferramenta para avaliação: Mentimeter.

Sugestões


Esta dinâmica poderá evoluir para a realização de campanhas, promovidas pela biblioteca escolar e com o envolvimento dos jovens, com vista à diminuição de diferentes tipos de violência que eventualmente ocorram na escola (bullying e ciberbullying, etc).

Dessa forma a biblioteca poderá contribuir para a resolução de problemas concretos nas relações de proximidade entre membros da comunidade educativa e avaliar e divulgar o impacto da sua intervenção no âmbito da redução do nível de tolerância à violência e
do efeito transformador deste tipo de atividades.

Autores


Anabela Baptista | Ana Marta Farrajota | Paula Correia - Centro de Formação António Sérgio. (2020). Cidadania democrática em contexto de biblioteca escolar [Ação de Formação]. Lisboa.
   
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