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O que são?
Oportunidades para analisar e exprimir os próprios pontos de vista, a partir de um tema-problema ou situação controversa, considerando os pontos de vista dos outros. Para que resulte numa conclusão objetiva, representativa dos principais pontos de vista, é necessário garantir massa crítica suficiente, envolvendo um número significativo de elementos, mas não de tantos que impeça a participação de todos.
Que formas de discussão?
O universo das discussões é extenso, incluindo entre outros:
Debate, questão, dilema;
Representação de papéis (role-playing);
Assembleia, fórum, conselho de representantes, congresso, cimeira (e.g. web-summit), aula aberta, encontro;
Comunidade de leitores, tertúlia, café, clube, círculo ou laboratório de ideias (e.g. think tank photo).
Quais os requisitos para uma boa discussão?
Previamente à discussão é importante que os participantes realizem um trabalho de investigação, já que a qualidade das intervenções depende da relevância da informação recolhida e da preparação dos intervenientes.
Durante a sessão é importante que todos os participantes respeitem os tópicos e os tempos atribuídos a cada um e estabeleçam uma comunicação respeitosa e construtiva. Ao moderador cabe o papel de orientar os trabalhos, monitorizar o tempo, assegurar que todos intervêm e mantêm relações cordiais entre si; caso não seja atribuído o papel de relator, cabe-lhe ainda, no final, referir as conclusões.
Porque é importante promover discussões?
Induzem à:
Discutir é ainda um direito de todas as crianças e jovens. Segundo a Convenção dos Direitos da Criança, esta tem os direitos “de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões que lhe respeitem, sendo devidamente tomadas em consideração as opiniões da criança, de acordo com a sua idade e maturidade” e de “ser ouvida” nas matérias que lhe dizem respeito (pontos 1 e 2 do Artigo 12.º).
Ainda que não tenham idade legal para eleger os seus representantes na Assembleia da República ou outros órgãos, as crianças e jovens, ao discutirem junto da família, escola, amigos, vizinhos do bairro, clube, município…, conquistam o estatuto político de participação, influência e decisão nas ações que lhes dizem respeito, a si próprias e às gerações vindouras. A cidadania democrática não se esgota no exercício periódico do direito ao voto ou na passividade do benefício de pontos de vista oficiais; pressupõe, antes, a possibilidade e disponibilidade de todos participarem na opinião pública e exercerem uma vigilância livre, responsável e exigente sobre as decisões das instituições e autoridades.