A coleção “Biblioteca da Censura” resulta de uma parceria com a Biblioteca Nacional de Portugal , a RTP e a Antena 1 com o apoio da Direção-Geral do Livro , dos Arquivos e das Bibliotecas e enquadra-se nas Comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de abril.
O jornal Público e editora A Bela e o Monstro, associaram-se à Biblioteca Nacional de Portugal, no âmbito da exposição “Obras Proibidas e Censuradas no Estado Novo”, comissariada por Álvaro Seiça, Luís Sá e Manuela Rêgo (3 de maio – 3 de setembro 2022), para divulgação dos exemplares originais censurados, proibidos e suprimidos.
Pela primeira vez, obras originalmente cortadas pelos censores do Estado Novo são reimpressas tal como a ditadura as deixou: marcadas, carimbadas e encarceradas em gabinetes burocráticos. Durante quarenta anos, os censores redigiram mais de 10.000 relatórios de leitura a livros de autores portugueses, estrangeiros e em tradução para língua portuguesa. Durante dois anos, ao ritmo de um livro por mês, são lançados 25 títulos.
Através desta amostra, ficam os documentos abertos à leitura dos cidadãos, sendo uma oportunidade de alcançar e de conhecer os livros e os relatórios.
No âmbito da preparação para as comemorações dos 50 anos do 25 de abril, integradas nos Planos de Atividades das bibliotecas escolares para os anos letivos 2022-2023 e 2023-2024, a Rede de Bibliotecas Escolares apoia este projeto, enquanto recurso de enriquecimento das práticas pedagógicas nas escolas e também como estímulo para o respeito dos valores da revolução, sendo o maior deles a democracia, tão presente no acesso livre à leitura, através das bibliotecas. O passado oferece-se-nos, assim, como um ponto de partida para compreender e pensar a atualidade.