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12 ações sugeridas

As 12 ações que abaixo se sugerem resultam de propostas concretas e simples apresentadas pelos próprios alunos e que integram o ebook Recomendações para Melhorar a Escola, referido em cada uma delas.

Estas ideias podem facilitar a mobilização e a ação dos alunos na escola e na comunidade local. 

1  Clube da inclusão

“Criar o Clube da Inclusão com atividades interculturais para integrar alunos de todas as nacionalidades da escola” (RBE, 2023, p. 9).

Este poderia incluir aulas de línguas dos países dos quais a escola tem alunos matriculados, inclusive lecionadas pelos próprios alunos; novas parcerias; concurso de talentos dos vários países ou projeto fotográfico sobre os diferentes países com legendas nas diferentes línguas, com tradução para português.


Ação de voluntariado

Realizar, ao longo ano, uma ação de voluntariado (RBE, 2023, p. 12) numa instituição local que careça de intervenção e que transforme a vida de quem a ela recorre. Será necessário mapear as diversas instituições, contactá-las, conhecer as suas necessidades, delinear um plano estratégico e cronograma e pôr mãos à obra.

Em alternativa, criar um banco de tempo para ações diversas: ler para idosos num lar ou apoiá-los em TIC, divulgar o património, natural e cultural local, a alunos recém-chegados…


3  Conselhos de turma/delegados

Criar regularmente conselhos de turma/delegados (RBE, 2023, p. 12) para identificar problemas reais dos alunos, da escola e da comunidade, apresentar soluções e delinear formas de intervenção.


 4  Clube/programa de argumentação 

Criar um clube/programa de argumentação que organize, periodicamente, “conversas de roda, debates/discussões, momentos para reflexão e argumentação/contra-argumentação” entre alunos (RBE, 2023, p. 11) e, eventualmente, com especialistas/mentores convidados e que suscite o livre raciocínio sobre temas da atualidade e de interesse dos jovens. Esta atividade pode dar origem a podcast ou a página de jornal da escola.


 5  Horta biológica 

Criar na escola, por parte dos alunos, “uma horta biológica (…) fazendo compostagem e aproveitamento de água das chuvas e cujos legumes e frutos sejam usados na preparação de refeições no refeitório ou na venda, a preço acessível, no bar” (RBE, 2023, p. 42).

Complementarmente, porque não organizar sessões informativas e de sensibilização sobre  restauração dos ecossistemas, que divulgue práticas agrícolas que conservam e regeneram naturalmente a terra e que os consumidores devem apoiar?

Ou iniciar uma investigação - ação que conheça, avalie e divulgue os produtos adquiridos pela escola: se resultam de boas práticas agrícolas, se são locais - incentivando cadeias curtas de transporte - e da época.

Esta iniciativa pode também incluir estudo sobre desperdício alimentar na escola: qual é a quantidade de restos e de sobras de refeições? Qual é a quantidade de aparas de produtos que vão para compostagem? Como reutilizar eficazmente as sobras de refeições? Como diminuir o desperdício alimentar?


6  Ser diferente

Ser diferente pode ser o título de uma – ou várias – sessões de sensibilização com especialistas (ONG, Centro de Saúde, PSP local…), alunos e assistentes operacionais, sobre jovens com deficiência, doença mental, refugiados, LGBTQI+ ou que tenham experienciado bullying, violência no namoro/doméstica, morte de familiar ou guerra.

O tema de cada sessão pode ser sugerido pelos alunos através de “Caixa de Sugestões para Debate sobre Discriminação e Violência com casos concretos da escola, apresentados anonimamente” (RBE, 2023, pp. 28, 11).

Ser diferente é normal e há formas de todos ajudarmos, como não julgar e atribuir rótulos (estereótipos).

Atenção: para esta iniciativa, é importante proteger os alunos em situação vulnerável, não os identificando e não os incentivando a exporem-se publicamente como testemunhas/vítimas.


7  Banco do Amigo ou a Caixa da Amizade

“Criar o Banco do Amigo ou a Caixa da Amizade: dispositivo, situado em local seguro, que permite a qualquer aluno — ou professor e assistente operacional/ técnico — que se sinta isolado, triste ou inseguro, transmitir uma mensagem em busca de apoio” (RBE, 2023, p. 30).

Ou, porque não, organizar, mensalmente, na cantina da escola - ou fazer um piquenique ao ar livre – um almoço com desconhecidos, para fazer amigos? A regra deverá ser não se sentar junto de quem conhece. Quem poderiam ser os anfitriões?


8  Garrafa na escola acaba no mar

Criar campanha, Garrafa na escola acaba no mar contra a utilização de garrafas de plástico de uso único (RBE, 2023, p. 43) através, por exemplo, de prova cega de águas, recolha e exposição de garrafas de água vazias na escola, exposição fotográfica sobre o destino e efeitos destas garrafas, recolha de testemunhos.


9  Vida diária: DIY

Organizar um DIY para enfrentar a vida diária, que junte diferentes gerações e profissionais, amadores e especializados e que permita aos alunos aprender várias ferramentas: educação financeira e preenchimento de impressos e criação de contratos; culinária e jardinagem; costura, malha, crochê e bordados; reparação de sapatos/sapatilhas e chinelos; lavagem e tratamento de roupa; técnicas de carpintaria, eletricidade, mecânica e reparação de bicicletas; educação rodoviária; olaria; artes marciais e de autodefesa, de meditação; técnicas de criação de currículo e de entrevista de emprego e estágio; leitura de bulas de medicamentos (RBE, 2023, p. 33, 36, 37).

Este DIY pode realizar-se em sessões presenciais e/ou através da criação de pequenos vídeos publicados, por exemplo, no Instagram da biblioteca escolar.


10  Sexualidade: dúvidas e problemas

De acordo com o Referencial de Educação para a Saúde (DGE, 2017), a escola deve promover Educação para a Sexualidade (pp. 73) e, segundo os alunos, esta deve ser integral e para todos, focando temas como: emoções e sentimentos; métodos contracetivos, autoproteção e responsabilidade; assédio e violência sexual e consentimento/limites e pobreza menstrual.

Porque não criar uma caixa de sugestões para que os alunos possam, anonimamente, apresentar dúvidas e problemas e trabalhá-las, depois, numa sessão comentada de excerto de filme ou de livor e para o qual se convida especialista de saúde ou de planeamento familiar?

Exemplos de filme e livros: Sex Education (Jennings, 2019) ou Emoções, Relações e Complicações (SNS, 2017), A Sexualidade Explicada aos Mais Novos (Silva, 2017) ou Kiko e a mão (SNS, 2013).


11  Crise climática: esclarecimentos e discussão

“Dinamizar sessões de esclarecimento e discussão sobre crise climática, para consciencializar e tornar crianças e jovens e a comunidade mais ativas e responsáveis” (p. 43).

Uma sessão com especialistas pode gerar a consciencialização e a intervenção na comunidade, liderada por alunos.

A UNICEF acabou de publicar o estudo, Ecoansiedade entre Jovens: Resiliência e Demanda por Ação Climática (2023, set.) – cuja amostra é de mais de 3 mil jovens, de 16 a 24 anos, em 15 países – no qual conclui que 57% dos jovens sofrem de ecoansiedade provocada pelo crescente aquecimento global e pela inércia dos governos.


12  Sala de estudo virtual

“Criar uma sala de estudo virtual, de apoio à distância” (p. 46), de funcionamento síncrono e assíncrono, com recursos (ebooks, vídeos, trabalhos de referência dos alunos…) sobre as diferentes disciplinas/anos, chat para esclarecimento de dúvidas e apoio em grupo, por alunos e professores.

A bolsa de alunos e a sua intervenção deve ser definida e acompanhada por professores.

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