
de Deok Kyu Choi
editor: Orfeu Negro; 2023
SINOPSE
Mãos quentes, mãos fortes. As mãos do meu pai são mãos grandes. Quando eu era pequeno, as mãos do meu pai deram-me colo e brincaram comigo. Alimentaram e vestiram-me. Mostraram-me o mundo e ensinaram-me que cuidar é uma forma de amar. Hoje sou adulto. Sou eu quem ampara e acarinha o meu pai, quem se recorda de nós.
As minhas mãos continuam a procurar as suas. As mãos do meu pai são mãos grandes. Um álbum tocante, dedicado a pais e filhos, e uma homenagem aos cuidados e ao amor.
Sugestões da Lúcia*
- Conversar, a partir da capa e do título: o que fazem / o que já fizeram / o que ainda vão fazer as mãos do meu pai? Pode alargar-se o diálogo questionando: o que fazem / já fizeram / ainda vão fazer as minhas mãos? E as do meu avô?
- Observar, atentamente, as guardas iniciais e finais. Qual é o cenário? O que se mantém? O que muda? Tentar antecipar informação através desta exploração.
- “As mãos do meu pai são mãos grandes” é o único texto verbal que encontramos na obra. Depois de conversar sobre esta escolha do autor, convidar a criança e outros elementos da família a criar outros textos possíveis, para o livro, partindo deste modelo. Exemplo: as mãos do meu pai são mãos habilidosas / carinhosas... os pés do meu pai são pés velozes… os olhos do meu pai são olhos brilhantes / meigos… Este “jogo” pode prolongar-se para fora do livro, podendo aplicar-se aos vários elementos da família, brincando com os graus de parentesco, as partes do corpo e as suas caraterísticas.
- Observar os cenários da narrativa: o exterior e o interior; a cidade; o parque, o hospital, os elementos que marcam a passagem do tempo (calendário, relógio…); as marcas geográficas e culturais, como por exemplo, as construções, os carateres coreanos…
* Lúcia Barros - É professora bibliotecária , doutorada em Estudos da Criança – Literatura para a Infância e tem desenvolvido um vasto trabalho na promoção da leitura em ambiente familiar. Integra a equipa do projeto LER fora da escola.