
de Sophie Blackall
editor: Fábula; 2024
SINOPSE
Este livro convida-nos a espreitar pelas janelas de uma casa onde doze crianças nasceram e cresceram.
A autora guia-nos através das suas divisões e do quotidiano da família que a habitou durante anos e anos.
Ficamos a conhecer um pouco da história de uma família real, de onde a autora resgatou factos e artefactos para a realização deste trabalho que nos maravilha a cada virar de página, com a riqueza dos seus detalhes e a luminosidade dos ambientes que recria.
Sophie Blackall, duas vezes vencedora da medalha Caldecott e autora de Olá, Farol! e Se Algum Dia Vieres à Terra, propõe-nos uma visita a um espaço de afetos e histórias que perdura para lá do tempo em que foi habitado.
Sugestões da Lúcia
- “Vamos desenhar a nossa casa”: em família, cada elemento, individualmente, desenha a casa onde vivem. No final, cada um partilha o seu desenho, apresentando o que fez, podendo seguir-se uma conversa sobre as descobertas realizadas: o que é mais importante para cada um, as pessoas que estão em casa, etc.
- Observar a capa do livro e, “espreitando pelas janelas”, tentar antecipar informação sobre os habitantes da casa, as suas rotinas e afazeres, os seus gostos, o lugar onde se situa, etc.
- Descobrir semelhanças e diferenças entre a casa e a vida dos seus habitantes e a casa e a vida da família. O que fazemos igual? O que fazemos diferente? O que traria do livro para a minha casa / família? O que ofereceria da minha casa / família ao livro?
- “Quem é quem?” / No rasto das pistas: a partir da ilustração que representa o “destino” de cada um dos filhos, tentar estabelecer ligações com as respetivas infâncias, explorando uma personagem de cada vez, ao longo da obra. Exemplo: qual será a criança que se tornou enfermeira? Que pistas o sugerem?
- “Coisas com história”: ao jeito da autora, criar uma história a partir de um objeto, imaginando o seu passado: por exemplo, um botão, uma caneca; poderá fazer-se também a partir de uma peça de vestuário, contando a história da sua origem e as suas vivências.
- Se possível, fazer um passeio pelas redondezas em busca de uma ruína. Observar, fotografar, recolher pequenos elementos… e elaborar um trabalho ao jeito de Sophie Blackall: imaginar um momento na vida da casa e representá-lo, num desenho ou numa maquete (por exemplo, numa caixa de
sapatos).
* Lúcia Barros - É professora bibliotecária , doutorada em Estudos da Criança – Literatura para a Infância e tem desenvolvido um vasto trabalho na promoção da leitura em ambiente familiar. Integra a equipa do projeto LER fora da escola.