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Unidade de Emergência de Biblioterapia

A biblioteca da Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite (Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite) desenvolveu  um projeto de promoção da leitura assente no conceito de biblioterapia.

Esta iniciativa tem origem em 2018, com o projeto Receit@r a Leitura, aprovado pela Rede de Bibliotecas Escolares, na candidatuta: Biblioteca Digital.

Na sequência da pandemia COVID-19, o projeto, que tinha como público os alunos do 1.º ciclo, alargou-se a todos os ciclos e, em função do diagnóstico da situação, surgiram novas ideias que deram origem, em 2022,  à criação da Unidade de Emergência de Biblioterapia, com maior amplitude e impacto que o projeto inicial. 

A Unidade de Emergência de Biblioterapia tem vindo  funcionar de forma diferenciada para os diferentes ciclos de ensino. No caso do 1.º ciclo,  envolve, essencialmente, os alunos do 3.º e 4.º ano, como prescritores de receitas de leitura para diversas maleitas.

O desenvolvimento deste processo com o 1.º ciclo, onde tudo começou, decorre em várias etapas que assentam no trabalho colaborativo da biblioteca escolar com os professores titulares de turma e com a colaboração de várias parcerias internas:

  1. Identificação, por parte dos alunos, de um problema que os preocupe, que afete a escola, os alunos e/ ou o mundo. Segue-se um trabalho de pesquisa no sentido de conhecer melhor o problema e a leitura de vários ‘remédios’ possíveis, que conduzam à criação de uma prescrição terapêutica.

  2. Em trabalho de grupo, os alunos registam os sintomas associados aos problemas e elaboram listas temáticas com os títulos que poderão tratar os problemas e sintomas associados, recorrendo aos livros da biblioteca e a recursos online.
    Neste processo, é relevante a colaboração de parcerias da biblioteca com projetos do agrupamento, como o Plano Nacional das Artes, o Escola Amiga dos Direitos Humanos e o Eco-Escolas, que cooperam na especificação de problemas identificados, conforme os temas (ligados aos direitos humanos, ao ambiente e ecologia...) e no apoio à pesquisa de recursos, apresentando com sugestões.

  3. Posteriormente, os alunos selecionam dois livros/ recursos que possam ser a base da terapia, selecionam o melhor excerto de cada um, para tratar o problema identificado e apresentam este trabalho em sala de aula, argumentando.

  4. Segue-se a criação do receituário, em sala de aula, de acordo com o modelo de receita utilizado. Os alunos preparam a leitura em voz alta para divulgação do “remédio” encontrado.

  5. Concluído este trabalho, os alunos dinamizam sessões terapêuticas, na biblioteca escolar, para outras turmas, ao logo do ano letivo, de acordo com agendamento prévio, coordenado pela biblioteca. As receitas também são divulgadas aos alunos do 1.º ciclo através da gravação de consultas com os alunos especialistas em cada maleita (ver um exemplo).

Para os restantes ciclos de ensino, considerados prioritários no arranque da UEB, esta prática funciona de forma diferente:

Esta atividade foi premiada no âmbito do prémio Fazer em Rede - Boas Práticas em junho de 2024

Questão de Partida
Responder às fragilidades do trabalho da biblioteca, detetadas na sequência da aplicação do Modelo de Avaliação da Biblioteca Escolar, nos domínios A- Currículo, literacias e aprendizagem e C- Projetos e parcerias.
Necessidade de aumentar o uso da coleção e níveis de afluência pós-pandemia da biblioteca e promover o bem-estar na escola.
Objetivos
1. Promover o prazer de ler e o bem estar.
2. Desenvolver competências no âmbito da leitura e da literacia da informação, em contexto de trabalho colaborativo.
Destinatários
1.º, 2.º, 3.º ciclos e  Ensino Secundário
Data de início
2018
 
Parcerias
Plano Nacional das Artes, Eco-Escolas, Escola Amiga dos Direitos Humanos
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