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Análise crítica da reflexão sobre a condição humana expressa n' Os Lusíadas e discussão sobre a sua contemporaneidade.
 
 
 

Objetivos

  • Analisar criticamente a reflexão sobre a condição humana expressa n' Os Lusíadas considerando a sua contemporaneidade.
  • Refletir criticamente sobre os desafios da condição humana na atualidade e a (in)capacidade do ser humano de enfrentar adversidades.

 

Desenvolvimento

  • Em grande grupo:
    • Leitura expressiva das estâncias 105 e 106 do Canto I d’ Os Lusíadas.
    • Breve contextualização sobre Os Lusíadas e Camões, (re)atualizando conhecimentos prévios dos alunos a partir das estâncias lidas. 
    • Interpretação das estâncias.

  • Em pequeno grupo, os alunos:
    • propõem equivalentes contemporâneos para os principais desafios mencionados na estância 106, 
Exemplos de situações equivalentes contemporâneas:
- “No mar tanta tormenta, e tanto dano,/ Tantas vezes a morte apercebida!”:  travessias e naufrágios de migrantes; consequências das alterações climáticas…
- “Na terra tanta guerra, tanto engano,/Tanta necessidade avorrecida!”: conflitos armados atuais- Guerra na Ucrânia, no Médio Oriente; outras guerras  não convencionais: guerra comercial entre potências económicas (EUA-China), competição por recursos naturais escassos…; “enganos modernos”: disseminação de fake news e deep fakes, de desinformação nas redes sociais;  manipulação de dados e uso indevido de informações pessoais por empresas de tecnologia…; polarização ideológica e ameaça à democracia:  aumento do extremismo e radicalização; “Tanta necessidade avorrecida”- desigualdade económica, falta de acesso a necessidades básicas em certas regiões (alimentação, água potável, saneamento), precariedade laboral, de crises na saúde (pandemias, falta de acesso a cuidados de saúde), crise climática (escassez de recursos naturais e degradação ambiental),  crises humanitárias (situação dos refugiados e migrantes forçados)…

    • refletem sobre soluções atuais para responder à inquietação existencial presente na pergunta Onde pode acolher-se um fraco humano, / Onde terá segura a curta vida […]?
Exemplos de possíveis soluções contemporâneas:
- Desenvolvimento de comunidades resilientes, com relações comunitárias fortes, promovendo a solidariedade e inclusão;
- Aposta numa educação que prepare os jovens para serem cidadãos do mundo, responsáveis, conscientes e ativos, consciencializando para o facto de cada indivíduo poder ser agente de mudança positiva
- Promoção da saúde mental e bem-estar emocional;
- Promoção da educação ambiental para incentivar práticas sustentáveis, e do diálogo intercultural e compreensão mútua, para combater o  preconceito e a discriminação em todas as suas formas.
- Uso ético da tecnologia, tornando-a segura e inclusiva.
- expressão artística como forma de expressar/gerir emoções e conectar-se com outros.
- Valorização da diversidade cultural como fonte de riqueza e compreensão mútua, contrariando a tendência para a encarar como uma ameaça.

  • Em grande grupo, partilha e discussão do trabalho realizado sobre as semelhanças e diferenças entre os desafios do século XVI e os atuais.

  • A pares, criação de um texto que explore duas fragilidades humanas e duas formas de as superar, visando contribuir para um mundo melhor. (Ver recurso de apoio – Oficina de escrita)

  • Divulgação dos textos criados nos canais de comunicação da biblioteca.

Ações subsequentes

Tertúlia Dialógica, na aula de Filosofia, sobre a condição humana e a relação do Homem com o universo/natureza, a partir dos 4 últimos versos de estância 106 do Canto I d’ Os Lusíadas.

Sugestões para relacionar os versos com algumas das temáticas da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania:

  • Desenvolvimento Sustentável:
    Discutir como a nossa perceção de bicho da terra tão pequeno influencia a nossa relação com o meio ambiente.
    Debater a responsabilidade humana na preservação do ambiente natural.
  • Educação Ambiental:
    Explorar como a nossa curta vida se reflete na nossa visão sobre a conservação da natureza a longo prazo.
    Discutir a dicotomia entre sermos fracos humanos e, simultaneamente, termos um impacto tão significativo no planeta.

  • Direitos Humanos:
    Debater o conceito de segurança mencionado no poema e a sua relação com os direitos humanos básicos.
    Discutir como a perceção de sermos pequenos afeta a nossa luta pela dignidade e igualdade.

  • Saúde:
    Debater como a consciência da nossa curta vida afeta as nossas decisões relacionadas com a saúde.
    Discutir a relação entre saúde mental e a perceção do nosso lugar no universo.

  • Risco:
    Debater se a consciência da nossa pequenez nos torna mais ou menos propensos a correr riscos, consciente ou inconscientemente.

  • Segurança, Defesa e Paz:
    Debater a importância da nossa condição de bicho da terra tão pequeno que deveria unir-nos mais em busca da paz universal

 

Aprendizagens AcBE

Conhecimentos/ Capacidades:

3. Constrói sentidos, estabelecendo relações intertextuais a partir de leituras 
em diferentes formatos e linguagens.
4. Expressa oralmente ideias, usando vocabulário e estruturas discursivas progressivamente mais ricos e complexos.
6. Cria textos originais, em diferentes géneros e formatos, dominando as linguagens e as técnicas necessárias.

Atitudes/ Valores:

3. Participa na troca e debate de ideias.
4. Manifesta espírito crítico.
5. Respeita diferentes opiniões.
8. Respeita valores e princípios na comunicação oral e escrita

 

Articulação curricular possível

 

Recursos

Observações

Esta atividade pode culminar com o lançamento de um e-book na biblioteca escolar, com a presença das famílias e de outros membros da comunidade educativa.

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