Agrupamento de Escolas/ Escola não agrupada Agrupamento de Escolas de Cristelo |
Concelho Paredes |
Localidade Cristelo |
Título da experiência Tecnologia com sabedoria |
Qual dos eixos temáticos principais é desenvolvido na sua proposta? Cidadania digital ativa e responsável |
Descreva brevemente a experiência Foi realizada uma sessão por turma, do 2.º ao 4.º anos de escolaridade, da EB de Duas Igrejas e da EB de Sobrosa. Sessões de aproximadamente 60 minutos. O suporte básico para a realização das sessões foi a apresentação de casos práticos e notícias, que relevam os possíveis problemas com a tecnologia vivenciados por crianças. |
Idades dos alunos participantes Alunos: 7 aos 9 anos (do 2º ao 4º ano de escolaridade). Encarregados de Educação, abrangendo crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo, da Escola Básica de Duas Igrejas e da Escola Básica de Sobrosa. |
Disciplinas(s) implicada(s) Todas as disciplinas foram implicadas, uma vez que os professores titulares também foram envolvidos nas diferentes fases de preparação e operacionalização do Projeto. Do currículo do 1º ciclo foram mobilizados, em particular, conhecimentos relacionados com as TIC e a Cidadania |
Quais foram os objetivos de aprendizagem? Esta atividade teve como propósito a reflexão sobre como é utilizada a tecnologia pelos alunos e a promoção de comportamentos adequados e seguros na utilização da mesma. Pretendeu-se:
Deste modo, considerando o fácil acesso à tecnologia hoje em dia, esta atividade teve um caráter preventivo no sentido de evitar comportamentos de risco. |
Qual foi a origem desta proposta? A atividade “Tecnologia com Sabedoria”, foi projetada a partir do zero, decorrente da perceção dos danos que a utilização potencialmente abusiva de meios digitais, ainda antes do contexto da pandemia, pode provocar nos alunos. Nessa altura, na sequência da observação de alterações nos padrões do sono, na linguagem, nos processos de aprendizagem e na regulação socioemocional em várias crianças, foi desenhada uma atividade que tinha concomitantemente um cariz de remediação, mas acima de tudo preventivo e promocional. Assim, lançou-se o desafio de olhar para a tecnologia, principalmente através da tomada de consciência de alunos, encarregados de educação e professores, sobre alguns domínios associados à mesma: tempo nos ecrãs; conteúdos adequados a cada faixa etária; impacto na saúde mental no caso de um uso abusivo ou inapropriado; segurança e papel dos encarregados de educação. Foi dinamizada pelo Serviço de Psicologia e Orientação em articulação com os professores titulares e com a biblioteca escolar. Houve ainda a articulação com a comunidade, nomeadamente com uma médica Pedopsiquiatra. |
Que metodologias foram utilizadas? Foi realizada 1 sessão por turma, num total de 12 sessões, de aproximadamente 60 minutos cada. Foram também realizadas duas sessões com os encarregados de educação, uma por Escola Básica. Estas foram organizadas da seguinte forma: Sessão com os alunos:
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Se um professor de outro estabelecimento de ensino estivesse interessado em replicar a iniciativa, como a explicaria?
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Qual o grau de participação e de envolvimento dos alunos? Este é um tema bastante pertinente e atual e que envolve um espontâneo interesse por parte dos alunos. Estes envolveram-se proativamente nas atividades, sendo muito importante perceber as suas perceções e os seus conhecimentos prévios acerca de temas como o tempo nos ecrãs, a segurança na internet e o nosso papel em os ajudar a pensar criticamente sobre essas crenças, sensibilidades e mitos. Mais do que falar e expor apenas sobre os “perigos da internet”, esta atividade diferencia-se por colocar os alunos no centro da atividade: são os alunos a pensarem, a analisarem, a identificarem os problemas e a resolverem os mesmos. Diferencia-se também pois associa muito o uso da tecnologia à saúde mental, quase como uma analogia da alimentação saudável para a saúde física, com esta atividade faz-se uma análise ao uso adequado para uma boa saúde mental (e também física). |
Como é que o uso da tecnologia enriqueceu ou melhorou a aprendizagem dos alunos? O uso da tecnologia de forma responsável é sempre uma mais valia, pelo que este tipo de ação/educação é sempre útil para ajudar a formar cidadãos conscientes de que deve haver espaço e tempo para tudo, sendo que a tecnologia também pode e deve ser utilizada em contexto sala de aula, uma vez que os professores têm uma grande variedade de ferramentas que ajudam no processo de ensino/aprendizagem, permitindo aulas mais dinâmica e atrativas aos olhos dos alunos e isso pode promover uma melhoria na aprendizagem. As atividades realizadas permitiram estimular todos os princípios previstos no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória e de forma mais específica por exemplo as áreas de competência associadas à informação e comunicação (os alunos e os pais tiveram conhecimento explícito sobre o uso adequado da tecnologia), Pensamento Crítico e Pensamento Criativo (os participantes apresentaram as suas perceções e formularam pensamento crítico) |
Que estratégias e instrumentos de avaliação foram utilizados? Nesta atividade em particular, os alunos e os pais preencheram um questionário de satisfação, tendo todos os participantes classificado a atividade como Importante e Muito Importante. |
Quais foram as principais conclusões e avaliações tiradas após colocar em prática essa experiência? Os objetivos foram alcançados, uma vez que consideramos que estamos a garantir uma maior literacia digital com os alunos e com os encarregados de educação. É incontornável a existência de tecnologias e o uso das mesmas em todos os contextos de vida e acreditamos que apenas com informação, mas acima de tudo com pensamento crítico, os nossos alunos serão autónomos, responsáveis e conscientes no uso da Tecnologia com Sabedoria. As evidências do alcance destes objetivos são expressas em maior controlo por parte dos Encarregados de Educação no uso abusivo das tecnologias e menos queixas de problemas de atenção em sala de aula |
Qual o impacto desta experiência nos alunos e no seu ambiente? Ao ser lançado o desafio aos pais para fazerem parte desta atividade, uma vez que eles são as figuras de referência fora da Escola e que, de uma forma ativa, potenciam uma utilização mais responsável das tecnologias em meio familiar. Ao envolver os pais acreditamos que existe a continuidade do trabalho desenvolvido na escola e por isso esta foi uma estratégia chave para o sucesso. Relativamente ao impacto nos alunos, este pôde verificar-se, tal como já foi referido anteriormente, na diversificação das brincadeiras por destes nos intervalos das aulas. O maior controlo por parte dos Encarregados de Educação no uso abusivo das tecnologias levou a menos queixas de problemas de atenção em sala de aula |
Que melhorias incluiria se repetisse esta experiência? Consideramos que o modelo de atividade com alunos e pais se encontra atualmente ajustado, embora, se possível, gostaríamos de incrementar a realização de sessão com os pais presencialmente |