Agrupamento de Escolas/ Escola não agrupada Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage |
Concelho Setúbal |
Localidade Setúbal |
Título da experiência REPÓRTER XS – faz uma reportagem sobre a tua escola! |
Qual dos eixos temáticos principais é desenvolvido na sua proposta? Cidadania digital ativa e responsável |
Data e duração da implementação A experiência foi criada no ano letivo 21/ 22 e desenvolvida nesse mesmo ano, para replicação nos anos seguintes. Desenvolvido ao longo dos 2º e 3º períodos com 6 sessões presenciais de 50 minutos (sessões síncronas e assíncronas). |
Descreva brevemente a experiência A experiência foi realizada em articulação com a biblioteca escolar, TIC e Português, envolvendo os alunos do 6º ano. Após uma reflexão sobre aspetos de Literacia dos media e o âmbito e a estrutura de uma reportagem, como género jornalístico, os alunos são convidados a ser repórteres por um dia. |
Idades dos alunos participantes Idades compreendidas entre os 11 e 12 anos. |
Disciplinas(s) implicada(s) As disciplinas implicadas foram: TIC, Português e Cidadania. |
Quais foram os objetivos de aprendizagem? Os objetivos de aprendizagem foram os seguintes:
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Qual foi a origem desta proposta? Esta proposta teve origem no desafio colocado pela Rede de Bibliotecas Escolares e por um dos seus parceiros desde o ano letivo 2019-20, o ZIG ZAG - REPÓRTER XS – faz uma reportagem sobre a tua escola! Com vista a dar voz aos alunos e aos seus projetos, fomentando atividades diversas, no âmbito da cidadania, da escrita, entre outras, sempre num formato de trabalho colaborativo com a biblioteca escolar, este desafio primou pela promoção da leitura, da escrita e do sentido crítico, com recurso aos media. Os destinatários eram os alunos dos 1.º e 2.º ciclos das escolas de Portugal Continental, correspondendo cada ciclo a um escalão. Cada Agrupamento de Escolas/ Escola não Agrupada apenas poderia enviar uma reportagem por escalão – 1.º ciclo e 2.º ciclo, com duração máxima de 3 minutos. A submissão das reportagens tinha de ser formalizada pelo professor bibliotecário até 26 de abril de 2022. |
Que metodologias foram utilizadas? A atividade estava estruturada para 6 sessões presenciais, quer na Biblioteca Escolar, quer nas salas de aula. Em sala de aula os alunos trabalham o conteúdo no âmbito das aprendizagens essenciais das disciplinas de português, cidadania e TIC. Na Biblioteca a atividade foi desenvolvida através de metodologias ativas, com a aplicação do referencial Aprender com a Biblioteca Ecolar com modelos híbridos – modelo de rotação por estações, sala de aula invertida e modelo FLEX. Em sessões presenciais, em sessões síncronas e assíncronas a distância, o trabalho individual, a pares e de grupo foram consignados em todas as etapas deste projeto, privilegiando-se também as metodologias participativas. |
Se um professor de outro estabelecimento de ensino estivesse interessado em replicar a iniciativa, como a explicaria? A atividade foi planificada recorrendo à aplicação do referencial Aprender com a Biblioteca Escolar, utilizando uma metodologia ativa baseada em modelos híbridos, adquirida em formação contínua, desenvolvida pelos professores bibliotecários.
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Qual o grau de participação e de envolvimento dos alunos? No decorrer da atividade, os alunos participaram ativa e intensamente, colocando questões e dando opiniões, com exemplos do que leram ou ouviram sobre a temática abordada. O grau de participação dos alunos foi total e o seu envolvimento foi muito interessante, participando e agendando as sessões online, para trabalharem síncrona e assincronamente. O trabalho desenvolvido contribuiu para que os alunos se transformassem em cidadãos ativos, interventivos e empreendedores. Esta atividade é necessária, pois o consumo dos media restringe-se muitas vezes ao que os alunos encontram nas redes sociais, na televisão e rádio. Os alunos não têm o hábito de ler revistas e jornais na biblioteca e menos ainda de o fazer em casa, já nem televisão veem. Estes alunos mais novos, a maioria, ainda tem a perceção de que tudo o que é notícia é verdade e não costumam questionar e avaliar a informação. Por outro lado, colocando-se no papel de repórter acabam por valorizar essa atividade jornalística, bem como o exercício cívico da cidadania ao lidarem com a informação. |
Como é que o uso da tecnologia enriqueceu ou melhorou a aprendizagem dos alunos? O uso da tecnologia permitiu aos alunos terem acesso através dos seus equipamentos (PC e Telemóvel) à atividade/recursos, em qualquer momento, e avaliar a sessão através de um questionário disponível na apresentação. Por outro lado, capacitou e incluiu os alunos enquanto coprodutores de conteúdos, abrindo um leque de reflexão sobre as potencialidades pedagógicas no seu desempenho enquanto alunos e cidadãos. A tecnologia foi encarada como um potenciador e facilitador de tarefas e de acesso à informação. A utilização dos telemóveis foi considerada um recurso pedagógico e um instrumento indispensável no trabalho quotidiano do estudante, alargando horizontes para o seu uso responsável de acordo com os princípios éticos de forma autónoma e ainda desenvolvendo aptidões criativas na sua utilização. |
Que estratégias e instrumentos de avaliação foram utilizados? Para a construção da reportagem foi elaborada uma rubrica, construída em conjunto pelos professores e alunos, co-responsabilizando-os pela avaliação durante todo o processo. A avaliação da atividade teve como Indicadores de desempenho o interesse revelado ao longo da atividade, o empenho e cooperação com os colegas de grupo, a correção na oralidade e na escrita, a participação crítica dos alunos e a qualidade dos produtos desenvolvidos. Os Instrumentos de avaliação utilizados foram registos de observação/fotográficos, dois questionários, um intermédio e um final, elaborados no google forms, para aferir o processo, as dificuldades sentidas e necessidades de apoio e no fim para avaliar o desempenho do grupo e o trabalho produzido. |
Quais foram as principais conclusões e avaliações tiradas após colocar em prática essa experiência? As conclusões tiradas desta experiência foram muito positivas, o objetivo foi concretizado, uma vez que a nossa escola e, em particular, a turma que concorreu teve a sua reportagem selecionada e obteve o prémio merecido. Ver a sua reportagem incluída no programa RADAR XS (da RTP2) e a passar no ecrã de televisão foi extremamente enriquecedor. A maioria dos objetivos foi alcançada, no entanto, existem ainda alunos para quem o significado de MEDIA não está totalmente clarificado. Também é de salientar que uma grande maioria de alunos e professores ainda não utilizam, de forma sistemática, as novas tecnologias como recursos facilitadores da aprendizagem |
Qual o impacto desta experiência nos alunos e no seu ambiente?
Os alunos ficam com uma maior consciência e despertos para o respeito da estrutura na construção de uma reportagem, bem como da importância de respeitarem as fontes e o anonimato do entrevistado, se assim for necessário. Valorização da biblioteca escolar como lugar de aprendizagem e de formação. Uma vez que a riqueza dos conteúdos estariam nos depoimentos dos entrevistados, a reportagem envolveu outros atores para lá das paredes da sala de aula, como foram os casos de antigos alunos da escola, de assistentes operacionais, de encarregados de educação e do próprio diretor do agrupamento. |
Que melhorias incluiria se repetisse esta experiência? Se replicasse esta experiência iria incluir saídas de campo e visitas a jornais locais e nacionais, convidaria um repórter que pudesse dar o seu testemunho e organizaria uma sessão prática, um workshop com representantes dos vários meios de comunicação social. Alargar a experiência a toda a escola e disponibilizar mais tempo para a construção e análise das reportagens. Começar por um concurso interno e alargá-lo depois ao exterior. |
Gostaria de fazer algum comentário adicional? Gostaria de partilhar o quão enriquecedora foi esta experiência, a oportunidade que foi dada aos alunos de se colocarem no papel de jornalistas e terem tido a oportunidade de, como prémio final, visitar os estúdios da RTP e assistirem à realização e gravação de um programa televisivo. Ficará na sua memória e, provavelmente, poderá pesar numa escolha futura. |