GirlEfect
A exclusão digital tornou-se a nova face da desigualdade de género, que está a ser agravada pela resistência contra mulheres e meninas que vemos no mundo hoje.
De acordo com o encontro de alto nível da ONU Mulheres, “Open, Safe and Equal – Shaping a Feminist Digital Future” [6], 90% dos empregos têm uma componente digital e esta é uma tendência ascendente.
Em ONU: DigitALL - Inovação e tecnologia para a igualdade de género e OCDE: A persistência das diferenças de género na educação e competências apresentamos evidências da sub-representação das mulheres na área digital e STEM que corroboram a tese deste encontro, que o digital é o “novo rosto das desigualdades”, excluindo principalmente meninas e mulheres do acesso a serviços de saúde e bancários, a diplomas de educação e a empregos desafiantes, pois soluções baseadas em tecnologia digital melhoram a inclusão em todas os setores da sociedade.
Focando as comemorações do Dia Internacional da Mulher no digital e, elegendo o tema DigitALL: Inovação e tecnologia para a igualdade de género, as Nações Unidas propõe-se adotar, com sentido de urgência, uma abordagem holística das tecnologias digitais e da inovação que ajude a acelerar a realização da Agenda 2030. Esta deve incentivar a participação das raparigas e mulheres na cocriação de soluções digitais para os problemas que as afetam e, em geral, incentivar a aplicação dos direitos humanos - e das mulheres - na internet, através da regulação e responsabilização pelas suas violações, como o bullying ou violência de género nas redes sociais. Segundo as Nações Unidas, é preciso criar um “futuro digital feminista” e este movimento exige, por um lado, o envolvimento de todos os setores de governação, das empresas, da sociedade civil e dos jovens e, por outro lado, que as mulheres assumam cargos de liderança na internet.
Imagine um mundo onde mulheres e raparigas têm iguais oportunidades de aceder, usar e desenhar tecnologia e inovação…