Desinformação: Educar para o consumo crítico da informação

Agrupamento de Escolas de S. Martinho do Porto

Alcobaça

S. Martinho do Porto

Sessão de Literacia dos Media para turmas do 10º ano

Desinformação: Educar para o consumo crítico da informação

2021, sendo a única vez em que a atividade foi implementada

Sessão formativa com a duração de 100 minutos cada, para duas turmas do 10º ano, numa articulação entre a Biblioteca Escolar e a disciplina de Filosofia.

Os objetivos foram, no âmbito da Literacia dos Media, promover conhecimentos relacionados com a utilização dos media digitais e com a desinformação, numa perspetiva de cidadania.

15/ 16 anos

Filosofia

• Adquirir conhecimentos sobre os media tradicionais e digitais;
• saber fazer frente à superficialidade das redes sociais;
• reconhecer sinais de "Fake News";
• reconhecer consequências sociais e políticas decorrentes da desinformação atual;
• adequar os conteúdos da sessão ao PASEO (Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória).

A origem desta proposta foi a necessidade de promoção de aspetos da Literacia dos Media, decorrente de necessidades formativas dos alunos, identificados em sala de aula, na disciplina de Filosofia.

Daí que a sessão formativa tenha decorrido de uma articulação entre a professora bibliotecária e a professora desta disciplina. Além disso, a excelente qualidade de um livro entretanto publicado pela editora Planeta Tangerina (2020), Gosto, logo existo: Redes sociais, Jornalismo e um Estranho Vírus Chamado Fake News, de Isabel Meira e Bernardo Carvalho, suscitou interesse e forneceu pistas para a adequação de conteúdos e de metodologias.

Foram também particularmente úteis os conteúdos disponibilizados pela plataforma MILD - Manual de Instruções para a Literacia Digital, disponibilizada pela Rede de Bibliotecas Escolares.

Paralelamente, também desta entidade, foi adequado o Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar, no qual constam propostas de conhecimentos, de capacidades e de estratégias adequados à promoção da Literacia dos Media, no ensino secundário.

• Exposição pela professora bibliotecária;
• diálogo interpares;
• debates mediados pela professora curricular e pela professora bibliotecária;
• execução de 2 atividade práticas "dieta mediática"; imaginar/ desenhar a Internet;
• avaliação empírica da atividade em sala de aula

“Dieta Mediática”: proposta de atividade da plataforma MILD, constando de um registo individual dos media tradicionais e digitais acedidos diariamente.
Desenhar a Internet: proposta constante do livro “Gosto, logo Existo”, para registo da perceção que cada um tem do que é a Internet.

Fases do projeto:

1. Consulta conjunta do "Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar”, pela professora bibliotecária e pela professora de Filosofia;
2. Leitura conjunta do livro "Gosto, Logo Existo: Redes Sociais, Jornalismo e um Estranho Vírus Chamado Fake News", pela professora bibliotecária e pela professora de Filosofia;
3. Consulta da plataforma "MILD - Manual de Instruções para a Literacia Digital" (Ler e Escrever na rede; Leitura dos Media; Redes Sociais), pela professora bibliotecária;
4. Definição de objetivos, em reunião de planificação, pela professora bibliotecária e professora curricular de Filosofia; preenchimento de modelo de planificação disponibilizado pela Rede de Bibliotecas Escolar no Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar (“Saber usar os Media”);
5. Aferição de conteúdos pela professora bibliotecária e pela professora curricular;
6. Elaboração de apresentação eletrónica base, pela professora bibliotecária;
7. Produção de materiais para execução pelos alunos em sala de aula, pela professora bibliotecária;
8. Balanço final da atividade, em sala de aula.

Tratou-se de uma sessão de promoção da Literacia dos Média, promovida em articulação pela Biblioteca Escolar e pela professora curricular de Filosofia, no âmbito do projeto “Aprender com a Biblioteca Escolar”;

Teve como finalidades a consolidação de conhecimentos e o fortalecimento de espírito crítico de alunos 10º ano, relativamente a: Novos Media Digitais; Rede Sociais e alguns problemas associados; alguns procedimentos básicos que devemos adotar nos acessos digitais; ferramentas que temos ao nosso dispor para fazer face às Fake News/ Desinformação, que grassam na atualidade.

Veja a apresentação eletrónica que serviu de base às duas sessões formativas.

Em cada sessão, os alunos analisaram documentos e plataformas, dialogaram entre si, debateram vários assuntos apresentados, tiraram conclusões; realizaram duas tarefas (dieta mediática; representação plástica da Internet) e fizeram o balanço da atividade.

Com base dos testemunhos orais dos alunos em sala de aula, concluiu-se que a sessão respondeu aos interesses da maior parte dos alunos, face às necessidades atuais.

Não existem dados sobre esta questão, não sendo possível recuperar conclusões passado um ano meio da realização das sessões

Análise de documentos projetados; promoção de diálogos interpares; promoção de debates na sala de aula sobre temas propostos, como por exemplo a desinformação e as suas implicações sociais, políticas e económicas.

A avaliação da atividade e desempenho dos alunos foi empírica e baseada no diálogo nas turmas.

Quanto às conclusões:

• os conteúdos abordados são importantes na autoformação dos alunos e estão na ordem do dia; os alunos em início do ensino secundário têm lacunas no conhecimento de vários aspetos relacionados com os media (tradicionais e novos);
• foi notório o desconhecimento de vários conteúdos, como por exemplo o que é um algoritmo ou como identificar Fake News;
• de acordo com as escolhas que fizeram na "dieta mediática", a maior parte dos alunos demonstrou não ouvir noticiários (na rádio ou na TV), nem ler jornais, revistas e livros (mesmo digitais), concluindo-se que a maior parte da informação de que dispõem é exclusivamente proveniente das redes sociais, com predomínio do Instagram.

Em sede da coavaliação da atividade, realizada pela professora bibliotecária e pela professora curricular envolvida, o balanço foi bastante positivo.

Não temos dados sobre este impacto. Não foram envolvidos outros atores.

• Desenvolver cada sessão formativa em 200 minutos (4 tempos de aula e não dois, como aconteceu);
• Introduzir uma autoavaliação de cada aluno;
• Criar condições para que cada turma envolvida exponha conclusões junto de outras turmas, abrindo o debate sobre o tema em sessão específica para tal;
• Criar mecanismos passíveis de aferir o(s) impacto(s) da atividade na aprendizagem e no ambiente dos alunos.