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Agrupamento de Escolas de Sardoal - Sardoal
Guião do podcast CarlaComVida
Carla: Bom dia senhores ouvintes!
O segundo episódio de CarlaComVida traz um tema controverso, no entanto bastante atual. Lemos, escrevemos e aprendemos cada vez mais no digital, mas será esta a melhor forma de o fazermos? Para debater o assunto trago hoje dois jovens. Obrigada a ambos, e começo por ti Lara, qual é a tua opinião?
Lara: Bom dia, Carla! De facto, o tema é bastante discutível entre os jovens estudantes, porém acredito que o digital nunca irá substituir o ler e o escrever fisicamente. Este traz inúmeras vantagens que o digital nunca poderá oferecer, tais como os sentimentos que nos invadem quando cheiramos a tinta da caneta ou quando viramos as páginas de um livro. Mas o digital tem ainda desvantagens, quando por exemplo, ficamos sem bateria no tablet e tal contratempo impossibilita a nossa leitura. As luzes azuis dos ecrãs são prejudiciais e podem afetar-nos quando ficamos horas a fio a ler. É por isso que ler e escrever é sempre melhor fisicamente.
Carla: E tu, Duarte, qual é a tua opinião?
Duarte: Bem, Carla, ao contrário da minha colega, acho que o digital é bastante bom e tem muitas possibilidades. Além de podermos levar toda a nossa biblioteca num só dispositivo, o digital traz aplicações que nos podem ser bastante úteis, como por exemplo fazer anotações nos livros ou até em textos que tenhamos escrito de uma forma mais fácil. Outra grande vantagem do digital é o facto de ser amigo do ambiente já que não é gasto papel.Também se comprarmos um ebook este é sem dúvida mais acessível do que um livro em papel.
Carla: E no que toca a aprender?
Lara: Nesse caso, se nos referirmos a aulas online por exemplo, essa complementaridade entre o papel e o digital é benéfica para a maioria dos estudantes visto que possibilita um maior acesso à educação. Claro que mantenho a minha posição inicial, mas é inegável que se o digital existe devemos aproveitar os seus benefícios.
Duarte: Bem, Lara, finalmente podemos concordar nalguma coisa. O digital apesar de trazer novas formas de aprender na sala de aula, através de vídeos, apresentações digitais ou outras ferramentas, nunca poderá substituir o professor mas sim complementar as suas aulas.
Carla: Obrigada Lara e Duarte, pela vossa disponibilidade e participação , e caros senhores ouvintes, hoje ficamos por aqui. Espero que tenham gostado do nosso programa e até à próxima!
Podcast
Carla: Bom dia a todos! Hoje trago-vos um especial CarlaComVida em direto da Tapada da Torre. Alunos, professores e funcionários saíram à rua para se manifestarem por uma escola do futuro.
Passo a palavra ao nosso repórter de rua, Sérgio Lagarto, que está no terreno para saber o que reclamam e quais as mudanças que querem para uma escola do futuro.
Olá Sérgio, consegues ouvir-me? Qual o ponto da situação?
Sérgio 1: Bom dia, Carla,estou a ouvir mas com alguma dificuldade.
Aqui na Tapada da Torre a avenida está cheia de gente desde as 9 horas com grande entusiasmo. Iremos tentar descobrir quais são as propostas trazidas para a
manifestação.
Bom dia jovem, o que te trouxe hoje até aqui?
Jovem 1: Olá! Hoje estou aqui porque eu gostava que a escola fosse mais divertida e que a cantina tivesse uma comida melhor! Por exemplo, salsichas e doces TODOS os dias, isso sim, faria a escola muito melhor!
Sérgio 2: Obrigado pequenino. Bem vamos passar a este jovem mais crescido e saber a sua opinião. Olá, porque estás aqui hoje?
Jovem 2: Bom dia, estou aqui hoje a lutar porque acredito que as aulas deveriam ser mais variadas como por exemplo aulas ao ar livre já que estamos no meio rural, e
também aulas mais práticas, para podermos aplicar a nossa sabedoria em situações reais. Certos dias da semana também temos uma carga horária muito extensa, o que não beneficia a nós nem aos nossos professores.
Sérgio: Obrigado! Vamos falar com esta professora. O que quer para a escola do futuro?
Professora: Há certos problemas na escola atual, problemas como a quantidade excessiva da burocracia que nos ocupa demasiado tempo e que nos impede de
organizar atividades mais interativas e criativas com os alunos. Além disso, essas atividades podiam motivar mais os alunos, tornando-os mais receptivos às novas
aprendizagens.
Gritos ao longe: Queremos uma escola melhor!
Sérgio: E a senhora trabalha nesta escola?
Auxiliar: Sim, sou uma auxiliar de ação educativa.
Sérgio: E o que veio fazer aqui?
Auxiliar: Venho exigir maior respeito pelo nosso trabalho. Não digo que este não seja respeitado, mas por exemplo, queremos que os professores e alunos nos vejam como alguém em quem podem confiar e pedir ajuda, e não apenas como vigilantes. Queremos ter um papel mais ativo na comunidade escolar e cultural e acompanhar os alunos ao longo do seu percurso escolar.
Sérgio: Muito obrigada! Agora iremos falar com a presidente da associação de estudantes. Margarida quais são as vossas ideias?
PAE: Antes de mais bom dia Sérgio. Hoje estamos todos unidos para uma escola do futuro. Para isso as aulas artísticas como a música poderiam continuar até ao
secundário, pois um aluno de ciências também deve ter a oportunidade de aprender mais sobre arte e como fazê-la. Com isto pretendemos obter experiência noutras áreas e também desanuviar das aulas mais pesadas. Por último, acreditamos que quer os cursos científico-humanísticos quer os cursos profissionais deveriam ser mais personalizados, havendo assim uma maior opção profissional com uma maior variedade de conteúdos e também uma maior participação do aluno no seu currículo e na sua evolução.
Sérgio: Muito bem! Ficamos por aqui, obrigada. Voltando a ti Carla, por aqui são estas as ideias principais que aqui se propõem. Sérgio Lagarto, Tapada da Torre.
Carla: Caros ouvintes, muito obrigada e um bom dia!
