O Mosteiro de São Bento teve no seu passado várias utilizações: foi prisão, hospedaria, sepultura de estranhos, refúgio, depósito de destroços de regimentos militares, academia militar e até patriarcal. Como consequência do sismo de 1755, foi aqui instalado, provisoriamente, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Em 1798, o Mosteiro recebeu, como preso do Santo Ofício, o poeta Barbosa du Bocage.
Após a Revolução Liberal de 1820, foi eleita a primeira Assembleia Constituinte (Cortes Geraes e Extraordinarias da Nação Portugueza) que aprovou a primeira Constituição Portuguesa, em 1822.
Com a Carta Constitucional de 1826, foram criadas duas câmaras, a dos Deputados – representantes do povo – e a dos Dignos Pares do Reino – representantes do Clero e da Nobreza.
Tornou-se então necessário encontrar um edifício que viesse a ser uma casa de política, onde Deputados e Pares do Reino pudessem reunir em simultâneo e com condições. Assim, em 1833, este foi o local escolhido para acolher o Palácio das Cortes, o nome do Parlamento na época.