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As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões

imagem da capa

As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões

Aguarelas de Ursula Beau
Projeto expositivo e textos: Ana Margarida Dias da Silva; Maria Teresa Gonçalves; Jorge Paiva

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Nota introdutória

Graças a uma profícua parceria com a Universidade de Coimbra,  a Rede de Bibliotecas Escolares disponibiliza a versão digital desta exposição, em grande formato, para que as escolas possam, caso assim o entendam, imprimi-la com qualidade.

A exposição permitirá a escolas, agrupamentos de escolas e outras instituições académicas, partilhar, celebrar e promover, não só a obra poética de Camões, bem como, divulgar a botânica e a língua portuguesa.


Sobre a exposição

Dedicada às plantas na obra poética de Luís de Camões, esta exposição insere-se nas Comemorações do V Centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões.

A seleção dos trechos poéticos e das aguarelas que os ilustram tem como base o trabalho de investigação que o Doutor Jorge Paiva tem consagrado ao tema, desde há vários anos.

Na época camoniana, as plantas mais conhecidas e citadas na literatura não eram as plantas comestíveis ou ornamentais, mas sim as plantas medicinais.

Também n´Os Lusíadas, escritos quase na totalidade no Oriente e centrados nos Descobrimentos, Luís de Camões refere principalmente as plantas medicinais e as especiarias asiáticas.

O mesmo não acontece na Lírica, maioritariamente escrita em Portugal e centrada no amor e na paixão. Como Camões terá vivido a sua 
grande paixão durante os 13 anos que esteve em Coimbra (1531- 1544), de onde partiu cerca dos 20 anos, as plantas referidas na Lírica são, na sua maioria, dos campos do Mondego. O poeta alude a essas mesmas plantas, saudosamente, n’Os Lusíadas, nos episódios de “Inês de Castro” (Canto III.118-135) e da “Ilha dos Amores” (Cantos IX.18 – X.95).

Não é fácil determinar com exatidão todas as plantas citadas por Camões na sua obra (Épica e Lírica), pois a maioria das vezes refere-as de forma poética e utilizando, como o próprio afirma, derivações com extraordinários malabarismos linguísticos.

Nesta exposição, encontram-se ilustrações de alguns poemas de Luís de Camões, com aguarelas das plantas glosadas. Da autoria de Ursula Beau (1906-1984), as aguarelas representam espécies da flora espontânea de Portugal e fazem parte de um notável conjunto pertença da Sociedade Broteriana.

Em cada painel poema-aguarela, indica-se o nome vulgar e o nome científico das plantas e destaca-se a sua menção no texto.

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