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O Túmulo de Camões Romance de António Trabulo; Fronteira do Caos; 2012
Sinopse da editora Este romance cruza Os Lusíadas com a Peregrinação. Os marinheiros portugueses instalaram-se em reinos distantes. Depois de passarem além da Tapobrana, saquearam e mataram. Afonso de Albuquerque foi um génio da guerra no mar. Com uma centena de navios e, quanto muito, dois milhares de homens sob as suas ordens, fechou as portas do Índico para o Pacífico, o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Todos os impérios foram do mal e os conquistadores foram sempre odiados. Luís de Camões ilustrou uma das faces da epopeia. Glorificou a Expansão portuguesa, que está na origem do colonialismo. Cantou os feitos heroicos, a honra e a coragem. Ao embarcar para o Oriente, levava na bagagem o conhecimento da literatura greco-romana. Valorizou-se, no contacto com povos diferentes e atingiu um sentimento de pertença universal. Se tivesse permanecido em Lisboa, não teria podido aliar ao seu talento a vivência que humanizou Os Lusíadas. Fernão Mendes Pinto terá ido mais além. Pôs a descoberto o lado escuro da navegação e da conquista. Retratou os seus compatriotas tal como eram, com as qualidades e os defeitos ampliados pela exaltação da época. As duas obras completam-se e permitem uma visão mais lúcida do Império Português do Oriente e, talvez, de nós próprios. |