O livro “Que luz estarias a ler?” criou-se em “memória de cinco centenas de crianças mortas pelos bombardeamentos em Gaza, em Julho e Agosto de 2014”.
Qual o motivo? Porquê? Perguntamo-nos. Uma criança, duas, cinco centenas também se questionam? Afinal, porquê o castigo? Por terem nascido num seio de uma família que vive nessa parte do globo e não em Portugal, por exemplo.
Para uma criança brincar, ler, investigar e explorar o “espaço” não tem necessariamente de pertencer a um clube, a um país, a uma ideologia e por aí adiante.
No livro “Que luz estarias a ler?” os autores questionam-se e retratam de uma forma brutalmente desenhada as crianças e os livros que resistiram às bombas no meio do estúpido vazio da destruição. A menina do livro, apanha os livros desse caos e colecciona-os nos seus braços sonhando com melhores dias e ainda talvez com a aventura da paz (“Será, certamente, o que irradiar mais luz das suas páginas brancas”) Essa luz, de um livro. O da paz.