O que farão os adultos se milhares de crianças saírem à rua para reclamar os sonhos que eles se esqueceram de continuar a sonhar, de pedir a justiça em que há muito deixaram de acreditar? Continuaremos a ignorar estes cruzados com o mesmo cinismo, descrença ou inércia com que tantas vezes olhamos para o mundo que nos rodeia? Ou terá chegado a hora de darmos ouvidos aos sonhos das crianças?
Numa abordagem já experimentada por Afonso Cruz, numa espécie de texto dramático, chega-nos uma obra deliciosa em que as crianças se manifestam por um mundo melhor e mais justo. E fazem-no exigindo-o dos adultos.