Hoje não se chega à verdade da forma teorética e especulativa como Descartes ou Kant o fizeram, nem se chega à virtude pela via solitária e meditativa como S. Paulo a alcançou. Antes, é preciso que haja voz, é preciso que haja pele ou, pelo menos, relação e é preciso que haja riso.
A biblioteca escolar deve seguir uma abordagem que seja significativa para as crianças e jovens, próxima das situações do seu dia-a-dia, prática, ativa, lúdica e acessível a todos.
Esta abordagem não formal - tal como a formal, pressupõe intenção e planeamento, mas mais flexível e acessível - e informal caracteriza-se pelos seguintes aspetos: A. Experiencial e holística; B. Participativa e democrática.
A. Experiencial e holística
Baseada na criação de ambientes de aprendizagem que mobilizem, em simultâneo, conhecimentos, valores e atitudes e nos quais as crianças e jovens podem:
Exemplos destes contextos na biblioteca são os seguintes: comunidades de leitores, role playings, círculos ou laboratórios de ideias, parlamentos de crianças ou jovens, instalações artísticas, músicas comentadas, flash mobs.
B. Participativa e democrática
Quando falamos em aprendizagem não formal ou informal também queremos designar a ligação e o envolvimento significativo e efetivo destes poderes/ conhecimentos na educação das crianças e jovens que é, no século XXI e para alguns destes círculos, uma prioridade. É sob este ponto de vista que o responsável da biblioteca deve proceder a uma curadoria, não apenas dos conteúdos ou informação e dos serviços que a biblioteca disponibiliza, mas também das pessoas e instituições locais (espaços comunitários do bairro, da vila, da cidade…) que considere relevantes para a realização do seu propósito de educação e formação de um cidadão cosmopolita.
Fonte da imagem: C. Rogers. (1985). Liberdade para aprender.