O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é comemorado, desde 1993, a 3 de maio, por iniciativa da ONU.

Em 2020 tem significado acrescido quando Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publica Observatório 19, em referência ao Covid-19 e ao artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que mostra que a violação deliberada da liberdade de imprensa, inclusive a nível estatal ou governamental – censura, desinformação (teorias da conspiração, rumores…) e ódio aos jornalistas - aumentou nesta crise sem precedentes, impedindo “o acesso a informação fiável, livre e diversificada sobre a pandemia”, o que constitui um risco para a vida de todos (Carta do Secretário Geral de RSF, Christophe Deloire, ao Secretário-Geral da ONU, A. Guterres, e ao Diretor-Geral da OMS, T. Ghebreyesus).

Na apresentação do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2020, publicado anualmente desde 2002, a ONG justifica a repressão dos países contra jornalistas de todo o mundo, afirmando que ela “tira proveito da neutralização da vida política (…) e do enfraquecimento da mobilização para impor medidas impossíveis de adotar em tempos normais” (C. Deloire).

No mapa dos 180 países analisados no Ranking, Portugal ocupa o 10.º lugar. A subida de 3 posições relativamente a 2019, não lhe permite festejar porque as restrições ao trabalho dos jornalistas, no país e no mundo, documentadas no mapa interativo do Observatório 19, mostram que a pandemia constituiu uma oportunidade para disseminação e fortalecimento dos regimes políticos autoritários e antidemocráticos e que isso tem consequências na vida de todos.

 

Fonte da imagem: RSF. (19. abril. 2020). Observatório 19 (#tracker_19)

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