Respondendo ao apelo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos para apresentar contributos sobre os direitos das mulheres e raparigas e a sua saúde sexual e reprodutiva, a IFLA (Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias) lançou, junto das bibliotecas de todo o mundo, uma chamada para contribuições e partilha de ideias, boas práticas e abordagens inovadoras que promovam a sensibilização e o conhecimento sobre a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos das raparigas e mulheres.
Workshops e debates temáticos, parcerias com centros de saúde e associações que trabalham para aumentar o acesso à informação e serviços nesta área, bibliotecas digitais portáteis e quiosques de informação e prestação de serviços de saúde sexual e reprodutiva junto da comunidade são exemplos de ações que as bibliotecas podem pôr em prática.
A adoção destas medidas pode prevenir e diminuir a gravidez adolescente e o abandono escolar, as doenças sexualmente transmissíveis (SIDA, Hepatite B…) e a violência doméstica, bem como promover a igualdade de género e o empoderamento das meninas e mulheres no espaço público.
É especialmente em situações de crise como a que vivemos, em que as pessoas mais facilmente aceitam a sua diminuição de liberdades, que o papel da biblioteca nesta área pode ser importante e, em particular, para raparigas e mulheres com menos recursos e direitos, resultantes de baixo rendimento, falta de acesso à internet ou a um dispositivo de acesso ou outra razão.