O estudo Práticas de Leitura dos Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário resultou de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura 2017-2027 (PNL2027) e o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte), sob coordenação científica de João Trocado da Mata e José Soares Neves, com Miguel Ângelo Lopes e Patrícia Ávila, e
consultoria de Isabel Alçada.
Contou com o apoio da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) e da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e o patrocínio da McDonald’s.
Os resultados do estudo são globalmente muito positivos: mais de 80% das crianças do 3.º e 4.º anos e 70% do 2.º ciclo afirmaram gostar ou gostar muito de ler, apenas pouco mais de 3% disseram não ter lido nenhum livro nos últimos 12 meses e mais de 50% estava a ler algum livro aquando da aplicação do questionário.
A influência da família e da escola é determinante. 90% dos inquiridos respondeu que lhes dizem que é importante ler livros, referiu a prática da leitura em voz alta pelo professor nas aulas e disse já ter usado a biblioteca escolar. Com a pandemia, uma percentagem significativa de jovens leu mais livros.
No que diz respeito às bibliotecas escolares, no 1.º ciclo, 90,4% dos inquiridos têm biblioteca escolar, desses, 94,5% afirmam já ter estado na biblioteca da escola. Destes, 83,3% trouxeram livros da biblioteca da escola para ler em casa e 87% leram livros na biblioteca da escola. 80,4% dos inquiridos que não têm livros em casa e 86,1% dos que têm poucos livros leram livros da biblioteca da sua escola.
No 2.º ciclo, apenas 0,9% dos inquiridos não têm biblioteca escolar; 96,3% afirmam já ter estado na biblioteca da escola, destacando-se 85,5% que não têm nenhum livro em casa e 95,5% que têm poucos livros. 48,8% usam-na para procurar livros para ler nos tempos livres e 39,8 para levar livros para casa.