“[…] não deve ficar esquecida a tendência da sociedade para construir relações na web, sem conhecer o rosto do outro, a viver numa ‘modernidade líquida’ ou em espaços públicos que apelam mais às emoções que aos factos ou ao sentido de responsabilidade coletiva”.
Fundação José Saramago. (2017). Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. https://www.josesaramago.org/carta-universal-dos-deveres-e-obrigacoes-dos-seres-humanos1. A respeito dos Media, que interrogações levanta Saramago?
2. Em grupo, enuncia-as e vota numa para aprofundar, a partir da leitura de diversas fontes, discutir e apresentar publicamente.
“Se a única coisa que oferecerem às pessoas for tele-lixo e omitirem que existem outras coisas, elas acreditarão que não existe mais nada para lá do lixo. Nestes momentos, a audiência é a rainha e por causa dela é lícito uma pessoa até matar a avó. Os meios de comunicação têm grande parte da responsabilidade nisto, embora seja necessário perguntar quem move os seus fios. Por detrás há sempre um banco ou um governo. Um jornal independente? Uma rádio livre? Uma televisão objetiva? Isso não existe. Essa mistura, o tele-lixo e os meios de comunicação dependentes, provoca que a sociedade esteja gravemente doente.”
Sellers, G. (2006, 11 jun.). “El Diario Montañés: Não sou pessimista, é o mundo que é péssimo” [Entrevista], in: Aguilera, 2010.“O excesso de abundância de informação pode fazer do cidadão um ser muito mais ignorante. Eu explico. Acho que as possibilidades tecnológicas para desenvolver a massificação da informação têm sido muito rápidas. No entanto, o cidadão não dispõe dos elementos e da formação adequados para saber escolher e selecionar, o que leva a que ande perdido nessa selva. Precisamente, nesse desnível é onde se dá a instrumentalização em prejuízo do indivíduo e, portanto, a desinformação.”
Tejeda, A. (2004, 30 nov.). “La Jornada: Cultivar a função de pensar é mais importante que o livro” [Entrevista], in: Aguilera, 2010.