“Os investigadores, cientistas, centros de investigação, as empresas e demais organizações sociais, económicas e culturais têm o dever e a obrigação de promover o conhecimento, o desenvolvimento e a inovação científica e tecnológica responsável em benefício da humanidade”.
Fundação José Saramago. (2017). Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. https://www.josesaramago.org/carta-universal-dos-deveres-e-obrigacoes-dos-seres-humanosHá líderes nas artes e humanidades?
“Eu não acho que caiba aos intelectuais [comprometer-se com causas humanitárias], eu acho que cabe aos cidadãos em geral. […]. O intelectual tem de ser crítico, mas tem de ser crítico não pelo facto de ser intelectual – ou sim, um pouco, porque tem a responsabilidade -, mas sim porque o sentido crítico deveria ser uma coisa feita pelos cidadãos que somos. O que acontece é que se o escritor se compromete, se o intelectual se compromete com essa causa ou outras, então o facto de ser um escritor faz com que a sua intervenção seja mais visível, com que a sua palavra chegue mais à frente, mais longe.”
Moure, J. (2000, 12 dez.). “Entrevista a José Saramago”, in: Aguilera, 2010.Gouveia, S. (2020). Homo Ignarus: Ética racional para um mundo irracional. http://stevensgouveia.weebly.com/homo-ignarus-eacutetica-racional-para-um-mundo-irracional.html
Ordine, N., Gouveia, R. (2016). A utilidade dos saberes inúteis. https://fronteirasxxi.pt/wp-content/uploads/2018/08/a-utilidade-dos-saberes-inuteis.pdf
Papa Francisco. (2020). Carta encíclica Fratelli Tutti - Sobre a fraternidade e a amizade social. https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html
Público. (2020, 18 ago.). Carta aberta dos escritores de língua portuguesa contra o racismo, a xenofobia e o populismo. https://url.gratis/QwqGSC
O que é que me preocupa?
“Em mim, o cidadão prevalece sobre o escritor. Interessa-me perguntar a mim próprio: o que é que me preocupa?”
Rodrigues, A. (1997, 5 nov.). "A Capital: O socialismo é um estado de espírito" [Entrevista], in: Aguilera, 2010.“Eu acho que nós, os escritores, devemos voltar à rua, e ocupar de novo o espaço que antes tínhamos e agora é ocupado pela rádio, imprensa ou pela televisão. É preciso, além disso, fomentar o humanismo, o conhecimento de que milhares e milhares de pessoas não podem aproximar-se do desenvolvimento.”
Durán, J. (1994, 3 mar.). "La provincia: A capital cultural europeia é o consumismo; é como ir ao hipermercado" [Entrevista], in: Aguilera, 2010.“Eu nuca separo o escritor do cidadão. E isto não significa que queira converter a minha obra num panfleto. Significa que não escrevo para o ano 2427, mas sim para hoje, para as pessoas que estão vivas. O meu compromisso é com o meu tempo.”
Garrido, R. (1994, 20 nov.). "Faro de Vigo: Nunca esperei nada da vida e por isso tenho tudo" [Entrevista]., in: Aguilera, 2010.“Não entendo como é que eu posso estar comprometido só com o que faço. Na verdade, tenho de estar comprometido com o que os outros fazem, e com as consequências do que eu faço e do que os outros fazem, e com as consequências no quadro da sociedade. A velha torre de marfim: ‘Aqui estou, gerando, produzindo obras-primas e sem saber sequer o destino dessas obras-primas…’ a verdade é que eu não entendo isto. Mas, claro, aceito-o, ainda que, para mim, tenha de dizer que isto não serve.”
Moure, J. (2000, 12 dez.). “Entrevista a José Saramago”, in: Aguilera, 2010.“O que devemos ter em conta é que não se pode esperar que uma sociedade descomprometida – como é a sociedade do nosso tempo – fabrique, por assim dizer, uma literatura comprometida […]. Está a tornar-se cada vez mais necessária uma literatura de compromisso; e ainda que não se trate de um compromisso político, é importante que tenha um compromisso ético.”
Tarifeño, L.. (1998, 17 jun.). “Perfil: Aos que mandam neste mundo não lhes interessa a democracia, disse Saramago”, in: Aguilera, 2010.