Carta Universal de Deveres | Artigos 3, 17, 14 e 18

“ Todas as pessoas têm o dever e a obrigação de cuidar da nossa saúde”.

“Todas as pessoas e organizações económico-empresariais têm o dever e a obrigação de conservar e exigir a proteção do ambiente e da biodiversidade para o desfrute das gerações presentes e futuras […].”

“Todas as pessoas e empresas, independentemente da localização da sede da sua atividade, têm o dever e a obrigação de promover e exigir condições dignas e seguras de trabalho, com uma remuneração justa, não discriminatória e com total respeito pela proibição do trabalho infantil.”

“Todas as pessoas têm o dever e a obrigação de respeitar e exigir o respeito pelo habitat, formas e condições de vida dos animais não humanos, assim como de abster-se de qualquer forma de crueldade na produção de alimentos.”


Fundação José Saramago. (2017). Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. https://www.josesaramago.org/carta-universal-dos-deveres-e-obrigacoes-dos-seres-humanos 

Desafio

Como melhorar a saúde de todas as pessoas e do Planeta? 
Cuidamos do modo como se produz, consome e descarta o que comemos e usamos?

1. Escolha um produto que use na sua vida diária – snack, chocolate, café, abacate… - e, a partir da análise do rótulo da embalagem, investigue o seu processo de fabrico, consumo e descarte:

2. É um produto sustentável? Reflita sobre os resultados obtidos, represente-os num mapa de ideias digital e discuta-os junto da comunidade. Partilhe o trabalho no blogue da biblioteca escolar.

3. Se o produto não for sustentável, pode iniciar uma campanha junto dos agentes envolvidos no processo para incentivar alternativas que garantam o equilíbrio entre:

Pessoas (qualidade de vida) – Recursos e ecossistemas naturais – Resíduos.

Para envolvimento e sensibilização da comunidade podem ser lidos e discutidos textos de Saramago.


Palavras de José Saramago:

“Hectares e hectares de terra plantados de oliveiras foram impiedosamente rasoirados há alguns anos, cortaram-se centenas de milhares de árvores, extirparam-se do solo profundo, ou ali se deixaram a apodrecer, as velhas raízes que, durante gerações e gerações, haviam dado luz às candeias e sabor ao caldo. [… e hoje] o que se nos apresenta aos olhos é um enorme, um monótono, um interminável campo de milho híbrido, todo com a mesma altura, talvez com o mesmo número de folhas nas canoilas, e amanhã talvez com a mesma disposição e o mesmo número de maçarocas, e cada maçaroca talvez com o mesmo número de bagos.”
“Rio [Almonda da minha aldeia] – humilde corrente de água hoje poluída e malcheirosa […].”

Saramago, As pequenas memórias, pp. 12, 13

Outras sugestões de leitura

Fundação José Saramago. O Lagarto lido por Adriana Calcanhotto. https://www.facebook.com/watch/?v=1457508007653944

Saramago, J.; Borges, J. (ilustr.). (2016). O lagarto. https://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/o-lagarto/18442001

Saramago, J.; Estrada, M. (2011). O silêncio da água. https://www.bertrand.pt/livro/o-silencio-da-agua-jose-saramago/10952311

Rede de Bibliotecas Escolares. (2021). A Hora do Planeta: Água e Alterações Climáticas. https://blogue.rbe.mec.pt/a-hora-do-planeta-agua-e-alteracoes-2429766

Rede de Bibliotecas Escolares. (2021). Educação climática e ambiental. https://blogue.rbe.mec.pt/educacao-climatica-e-ambiental-2527357 

Tickell, J.; Tickell, H. (2020). Kiss the ground [Documentário]. https://kissthegroundmovie.com/ 


Discussão: Sim ou não?

Cuidamos de tornar o Planeta habitável e humano?


Palavras de Saramago: 

“Este velho [avô Jerónimo Meirinho], que quase toco com a mão, não sabe como irá morrer. Ainda não sabe que poucos dias antes do seu último dia terá o pressentimento de que o fim chegou e irá, de árvore em árvore do seu quintal, abraçar os troncos, despedir-se deles, das sombras amigas, dos frutos que não voltará a comer.”

Saramago, As pequenas memórias, pp. 114, 115. 

“Todas as noites, meu avô e minha avó [Josefa Caixinha] iam buscar às pocilgas os três ou quatro bácoros mais fracos, limpavam-lhes as patas e deitavam-nos na sua própria cama. Aí dormiriam juntos, as mesmas mantas e os mesmos lençóis que cobririam os humanos cobririam também os animais, minha avó num lado da cama, meu avô no outro, e, entre eles, três ou quatro bacorinhos que certamente julgariam estar no reino dos céus.”

Saramago, As pequenas memórias, p. 115. 
 
Fonte das imagens: Fundação José Saramago. (s.d.). Delegação na Azinhaga. https://www.josesaramago.org/delegacao-de-azinhaga/ 
 

Outras sugestões de leitura

Foer; J. (2020). Salvar o planeta começa ao pequeno-almoço – Porque o clima somos nós. https://www.bertrand.pt/livro/salvar-o-planeta-comeca-ao-pequeno-almoco-jonathan-safran-foer/24031940

Saramago, J.; Letria, A. (ilustr.). (2020). A maior flor do mundo. https://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/a-maior-flor-do-mundo/15870222  | Etcheverry, J. (2007). https://vimeo.com/3691184  [Vídeo].

Saramago, J.; Amaral, J. (2018). A viagem do elefante – BD. https://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/a-viagem-do-elefante-bd/16006645 

Wikipedia. (2021). Peter Singer. https://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Singer 

 

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