Escravos em Roma

Na Escola Básica n.º 2 de Condeixa-a-Nova, no âmbito do projeto da biblioteca, Minha escola, meu império – Alea jacta est! [O dado foi lançado] – Ideias com Mérito RBE, decorreu a 9 Dez. 2022 a iniciativa Escravos em Roma com especialista convidado que falou, nas palavras do bibliotecário, “sobre a origem da escravatura, a vida dura e os castigos dos escravos, sobre a alforria e a integração dos libertos na sociedade romana, sobre o vocabulário da escravatura que usamos sem saber que tem origem nessa realidade” e que, ainda que sem intenção, pode contribuir para discriminar e inferiorizar pessoas, fazendo parte das micro-agressões da vida quotidiana.

Sem fazer parte, de todo, do movimento crescente de censura de livros que obriga à reescrita das obras originais, para satisfazer leitores de sensibilidade e o politicamente correto, apagando o passado, é importante ter em conta que o mundo mudou e que temos de mudar o modo como falamos.  Exemplos:

• O adjetivo “negro” que usamos em “mercado negro, lista negra, ovelha negra, dia negro, peste negra, fome negra, humor negro, passado negro...” tem conotação negativa. Sugere-se substituir “negro” por “preto”, oposto de “branco”;
  
  
• Substantivo “mulata”, que vem de “mula” e compara uma pessoa a um animal. Sugere-se que seja substituído por “mestiço”.

Neste contexto, há bibliotecas escolares que desafiam as crianças e jovens a identificarem provérbios discriminatórios e a enquadrá-los historicamente e, pensando-os criticamente e questionando-os, a dar-lhes outra expressão. Por exemplo, num outro contexto, “Atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher”: Porque atrás? Porque não “Atrás de uma grande mulher…”?

Fonte: Bibliotecas Escolares do AECDX. (2022, 5 dez.). Direitos Humanos - Escravos em Roma. Condeixa: AECDX. https://bibliotecasdecondeixa.blogspot.com/2022/12/escravos-em-roma.html